28/08/2008

Cubículo

Antes de mais tudo... esse texto não é meu, é dela (http://lluaraq.blogspot.com/)

Ela

- que escreve como onda, anda, onda...
- que retrata, trata, trata
- que flui, flui, fui....


escreveu pra mim, e eu para ela.... a mesma mesmice de outra cabeça... Visite o dela e estará visitando a mesma mesmice de sempre.

Obrigado



Eu não tenho valores. Comigo é só niilismo, cinismo, sarcasmo e orgasmo. E eu poderia ganhar um cargo público na França com esse slogan.
Tudo isso é para quem acredita em milagres – ou para quem não sabe dizer a verdade. Sabe, esse mundo está muito apertado, para mim ao menos. Ele está pequeno, um cubículo instável.

Em uma de minhas experiências com psicólogos, um de tantos disse algo mais; segundo ele, eu apenas me fechei para não encarar a realidade. Não tenho problema nenhum, só um autismo existencial. Evito pessoas para não ter o trabalho de me despedir, finjo não sentir para não ter que me explicar, fico no escuro por fechar os olhos. Não sei o que essas coisas querem dizer, nem estou no momento conseguindo colocar aqui algum termo cientifico ou alguma palavra que te force a ir até o Google.
O meu problema é o espaço. Ele está querendo me limitar, não gosto de ser empurrada, eu nem furo fila. Minha ansiedade é visível tanto quanto minha arrogância. Meu desprezo por coisas instantâneas é parcialmente constatado para quem me pergunta mais de uma vez se eu estou bem. Não estou. Nunca estive. Falta-me ar.

Nunca foi lá muito organizada, mas tenho minhas gavetas, as quais enterro metade do meu passado e o que resta do meu presente. Sempre que penso o quanto estou deixando de fazer admito que me entristeço, embora não sinta falta disso. Eu sei usar meu silêncio e busco brindes nas relações com o que me rodeia, gosto de idéias, de coisas. Não gosto de pessoas. Elas me apertam. As que eu tenho me bastam.
E naqueles raros momentos que não há nenhuma motivação oculta... Nós ficamos tão estupefatos que podemos não conseguir reconhecer a verdade.

Julgo tudo o que não sou capaz de fazer, por preguiça ou por medo. Breve, sinto-me como se acreditasse só no que um dia alguém me mostrou, agindo como se nada disso pudesse ser apresentado sob outra perspectiva. Outra pessoa. Após esses freqüentes momentos de lucidez, abro minhas gavetas e procuro algo que não sei o que é; para entregar a alguém que eu não sei quem é. Desconhecidos sempre são mais interessantes quando você perde o controle remoto da sua TV. Sou mais legal aqui, que no mundo real.

Aprendi que o mundo é redondo. Grande mentira! O meu é um quadrado, ou quem sabe uma pequena gaveta quadrada. E se por acaso voce encontrar a chave, favor mandar pelo correio.

22/08/2008

Erro do ego

Um dia que zomba...
E tomba,
retomba
Sobra um cogumelo, um cogumelo
Ego, erro
Preta, cinza ou branca? Enfim a pomba?
A esperança é branda.
E a paz? Uma entidade incapaz?