Estava escrevendo descrições para um projeto daqui do trabalho. E notei que mesmo escrevendo textos alheios uns aos outros, eles começavam a ficar todos meio iguais.
Começava com os adjetivos, logo depois eu colocava o nome do produto que eu estava falando e a conclusão. Comecei a achar os textos bem chatos. Apesar de bem diferentes entre si no conteúdo, estruturalmente eram iguais.
Pensei: "Pwwww vou escrever um texto particular pra ver se tenho um surto fantástico de criatividade". Fiquei chocado. Acabei achando meus texto todos iguais. Percorria os mais diversos tipos: crônicas, contos, dissertações, poemas, desabafos, cambalachos, etc.. Diferenciavam-se apenas pela a ausência ou não de rimas. Droga! Senti-me repetitivo.
Mas olhando por outro lado tudo é repetitivo. Até o mais genial poeta é ciclico. Ler Caieiro, por exemplo, é ler a mesma coisa dita de várias formas diferentes (Aos apaixonados por Caieiro: só o usei como exemplo, acho magnífica sua poesia). O texto de esporte só troca o nome do jogador e a data. O filme tem o galã, o vilão, o romance e final feliz. Então sem crise! vou continua na mesmice descontínua que meu cérebro quer.
Eu acho que na verdade essa repetição é fruto de uma incapacidade que adquiri ao longo dos pensamentos de não conseguir dizer o que penso, o que sinto, o que imagino ou até mesmo o que não sei. Essa incapacidade é resultado de uma merda que se chama: senso crítico.
Seria tão mais fácil achar as coisas boas, assistir o jornal e falar "puxaaaaa!!!" ou decorar inconscientemente aqueles bordões cheio de irregularidades linguísticas. As pessoas perecem tão mais felizes. Seria tão mais vantajoso conseguir ouvir aquela música idiota. As pessoas realmente parecem gostar dela.
Acho que vou continuar na minha mesmice mesmo...cada um tem a sua mesmo!!! Prefiro a minha!
E qual a sua mesmice?