28/05/2008

O homem é o lobo do homem

Dois filmes e a mesma reflexão: quais são os verdadeiros valores humanos? Do que o seres humanos são capazes?


Um dos filmes, é daqueles que você só conseguirá assistir em uma madrugada imprevista. Daqueles filmes que você nunca ouviu falar e que provavelmente não estão no catálogo das locadoras, chama-se Extermínio.


A história não é nada inovadora: macacos contaminados entram em contato com os seres humanos e espalham um vírus mortal, que não mata o ser humano de início, mas o transforma em uma espécie de zumbi, bem a là Eu sou a lenda e Residente Evil.
Porém, o que me chamou a atenção nesse filme não foram as cenas de lutas e ou a busca desesperada e incessante pela cura (o que nesse filme nem chega a acontecer), mas sim a falta de caráter e valores mostrado pelas personagens em determinada parte do filme, principalmente quando se aproxima do desfecho final.


Quando um grupo de 2 mulheres e 1 homem encontram uma base do exercíto percebem que não estão tão seguros quanto imaginaram a principio. Egoísmo, falta de senso humano e uma espécie de "canibalismo" tomam conta do ambiente. O comandante do grupo diz em certo momento: "Que futuro terão 10 homens aqui? Nenhum, nossa única esperança são as mulheres; prometi isso a meus homens." Depois disso princípia uma discussão onde um dos soldados, chamado de "filósofo" pelos outros, diz: "Estamos nos matando ao invés de nos ajudarmos, essa situação está fora de controle, fora do normal". O comandante retruca: "Nós nos matamos desde que existimos, nos matávamos a 4 semanas, quando não havia o vírus, nos matamos agora e tudo está como antes, normal." E ai está a chave da minha reflexão.


Agora o outro filme.


No blog que escrevo juntamente com outros amigos sobre filmes, já fiz um cometário sobre este filme. Chama-se Dogville.

Uma cidade pequena e esquecida recebe a visita de uma garota foragida. Aproveitando a necessidade que a moça tem em ficar escondida, todos tiram proveito do serviços "que não precisam ser feitos" que a moça se disponhe a fazer.


Mas ao passar do tempo esses serviços viram uma obrigação e as pessoas começam a exigir mais e mais de Grace (esse é o nome da garota). Ela se torna escrava dessas "humildes" pessoas que dizem que precisam compensar o risco de manté-la refugiada na cidade.

Desenrola-se então, estupros, mentiras, ameaças, arrogância e todos esse e outros defeitos já consagradamente humanos. Com um final apoteótico o filme faz uma crítica ácida aos valores camuflados dos seres humanos.


Daí surgiu minha reflexão: A alma humana desnuda, com suas maldades, com suas atitudes anti-éticas, traria uma repugnação geral? O ser humano conseguiria viver com a verdade absoluta? Suportariam as fraquezas dos outros?


Dúvido muito, esse mundo de mentira extracorporal é uma bolha de proteção, porém, da qual não nos privamos do julgamento de nossa própria conciência. Afinal, quem conhece nossas depravações e defeitos melhor que nós mesmos? Vivemos então de mentiras e hipocrisias realçadas quando apontamos os defeitos dos outros, quando na verdade então mais presentes em nos mesmo do que em um terceiro.

Você sempre soube disso, só não falou a verdade a si mesmo.

12/05/2008

Meu trabalho é honesto e o seu?

Meu trabalho é honesto e o seu?Seu Joaquin, Brooklin/ São Paulo


O que é ser honesto?
De acordo com um dicionário qualquer que achei aqui:

ho.nes.to adj 1) honrado. 2) Digno de confiança. 3) Justo, escrupuloso. 4) Decente, decoroso. 5) Casto, recatado.

Mas isso ainda diz pouco.
Diria mais, ser honesto é um estilo de vida, uma qualidade rara em um mundo dominado por interesses individuais.

Você já furou uma fila?
Você nunca passou num farol vermelho?

Não, ser honesto não é atender essas perguntas e respeitar as leis humanas. Ser honesto é viver de acordo com sua conciência aliada a uma tentiva, de não só não prejudicar o próximo, mas na medida do possível ajudá-lo também.

Enfim, uma imagem vale mais que mil palavras*


*Todos os provérbios são Chineses????

A idéia de desenhar em nessas ferramentas de trabalho é de Mundano

06/05/2008

fragmentos2 [...]

Entrou e já estava lotada. Procurou um lugar vago entre os poucos restantes. Uma, duas, três, quatro ou cinco fileiras até encontrar uma cadeira. Sentou cegamente para se esconder dos olhares curiosos dos que o achavam estranho.

Era tamanha a novidade que procurou gravar todos os cantos em sua memôria. Teias, ângulos tortos e reboques feitos ao relaxo aumentavam seu tedioso dia. Por fim, numa atitulde pouco comum, deixou o lugar para tragar um pouco de ar puro. O frio balançava seu corpo e a cada rajada de vento seus dentes tremitavam, para algum ouvido mais aguçado até poderiam soar como música.

Enfim acabou a tormenta!

02/05/2008

fragmentos [...]

"Como neste caso o cenário e tudo a sua volta, inclíndo as duas mulheres, é dispensável, não tornarei, caro leitor, a compartitlhar minha visão melancólica da decadência"