26/02/2008

Silenciontem

[...]

Depois que desci as escadas - longas por sinal do tempo - comecei a ouvir. De fato, quase nada.

Cheguei os ouvidos, com o esquerdo mais próximo, de onde creio que vinha o som.

Era alto e contínuo, mas o ouvi brevemente surdo. Exergava com simultaneidade incrível. Com cores antes nunca tentadas, não feitas por algum nenhum gênio.

Foram aproximadamente dez minutos (mas o que é o tempo, senão uma concepção entre espaço e tempo?). Ali o espaço ganhava kilometros e tempo séculos.

Todos os tons e formas desfilavam dançando, dando ao misto de som, tempo, espaço e imagem, uma sensação inenarrável, que um vídeo tentou registrar. Falha tentativa. Foto. Falha tentativa. Áudio. Falho.

Silêncio...
mesmo quieto; incanssável.

Há de existir em algum espaço/tempo algo que consiga registrar o que a mente teima em reinventar.

2 comentários:

Camila Vivas disse...

Parece que o silêncio também é um conhecido seu, não é?

"Há de existir em algum espaço/tempo algo que consiga registrar o que a mente teima em reinventar."

Isso é lindo.

Confuso e por isso mesmo,bonito texto.

Ah...obrigada pela visita e volte sempre!

Camila Vivas disse...

Tudo que você disse faz muito sentido (sobre as notas musicais e sobre o vento).

Senti-lo só não é o bastante, mas só pessoas com uma sensibilidade maior que a maioria podem compreender o significado disso.

Bj.