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Depois que desci as escadas - longas por sinal do tempo - comecei a ouvir. De fato, quase nada.
Cheguei os ouvidos, com o esquerdo mais próximo, de onde creio que vinha o som.
Era alto e contínuo, mas o ouvi brevemente surdo. Exergava com simultaneidade incrível. Com cores antes nunca tentadas, não feitas por algum nenhum gênio.
Foram aproximadamente dez minutos (mas o que é o tempo, senão uma concepção entre espaço e tempo?). Ali o espaço ganhava kilometros e tempo séculos.
Todos os tons e formas desfilavam dançando, dando ao misto de som, tempo, espaço e imagem, uma sensação inenarrável, que um vídeo tentou registrar. Falha tentativa. Foto. Falha tentativa. Áudio. Falho.
Silêncio...
mesmo quieto; incanssável.
Há de existir em algum espaço/tempo algo que consiga registrar o que a mente teima em reinventar.
2 comentários:
Parece que o silêncio também é um conhecido seu, não é?
"Há de existir em algum espaço/tempo algo que consiga registrar o que a mente teima em reinventar."
Isso é lindo.
Confuso e por isso mesmo,bonito texto.
Ah...obrigada pela visita e volte sempre!
Tudo que você disse faz muito sentido (sobre as notas musicais e sobre o vento).
Senti-lo só não é o bastante, mas só pessoas com uma sensibilidade maior que a maioria podem compreender o significado disso.
Bj.
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