18/06/2008

Sem ou com texto?

Bom! Melhor que escritor, sou leitor. Adoro textos, principalmente os subjetivos, cercados de pensamentos nebulosos e mentes atormentadas pelo ceticismo. Como é bom se emanharar na confusão do pensar, e imaginar (e só somente isso) como os galhos do pensamento vão se distribuindo sem lógica alguma.


Ler é mole, mole de se conseguir; nada que a primeira série não resolva. Agora decifrar o por-detrás é algo que exige de nós conhecimentos que talvez nunca iremos adquirir. Sim, por trás de um simples texto pode haver calorosas declarações de amor, ego-críticas ácidas ou simplesmente uma senha qualquer, de um banco qualquer, numa ilha qualquer.

As palavras, que assim como os números são infinitos entre si, conseguem em fração de vírgulas transformar opiniões, mudar rumos. Em um curto espaço de ponto decretar um fim inesperado. Em uma d i s p o s i ç ã o d e l e t r a s dar sensação de grande, de forte, torto ou de uma looooooooooooooooooooooooooooooooooooonga espera.


Grandes autores em uma tentativa frustrada de expressar seus pensantes-voadores fixam-se em intraduzíveis fluxos de pensamento. Tais fluxos, ainda assim, só conseguem mostrar palavras soltas e sem “nexo” do que foi pensado. As mãos que são lentas para repassar? Não! O cérebro que é rápido? Talvez. Melhor seria dizer que o pensamento que é complexo demais para compreensão humana, metalinguagem da metalinguagem, zero vezes zero...

Seria então de uma prepotência tamanha tentar desvendar o que passa nas entrelinhas deste mesmo texto que lês? Posso afirmar que sim, nem eu mesmo que escrevi sei.

7 comentários:

[P] disse...

As entrelinhas e eu somos amigas íntimas. São poucas as vezes em que não faço uso delas, mesmo que o texto seja o mais direto possível. Será que isso tem cura?

:)

teca disse...

Uau qnta inspiração heein! rsrs
Mto bom escrever assim, só deixando as palavras virem!
Confesso q entendi pouco, mas adorei rsrs!!


beeeijo

[P] disse...

Em outro lugar, num outro contexto, eu também escrevi que "somos todos tão, tão, tão", sabia?

Excluí as mulheres propositalmente do post, porque só me vinha à mente o carinha do filme totalmente tapado que só se dá conta que gosta tarde demais...

Mas eu também sou "tão, tão, tão"

:)

[P] disse...

Sim, sou sofredora [ops! professora] por opção, porque gosto e porque sou louca, no final das contas, hehe.

disse...

Ler... tem um livro do Ítalo Calvino bem inquietante sobre esse assunto. Chama-se Se um Viajante numa Noite de Inverno... se não leu, leia. Vai se identificar mto, seguramente. ;)

Luara Quaresma disse...

Voce é tão inteligente!

Sujeito Oculto disse...

Ainda que não saiba, sempre há algo além. Ou um traço da personalidade, ou algum sentimento escondido.